quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Fique em paz, minha amiga

Só soube hj que vc foi embora. Estou arrasada!!! Eqto lia os recados da página da sua filha, não conseguia acreditar naquelas palavras à minha frente. Só conseguia lembrar do seu sorriso, do olhinho que se fechava qdo ria, daquela alegria deliciosa que nos acometia quando nos encontrávamos ( tão raramente...). Tudo aquilo que eu lia não podia referir-se a você! Não estava na hora, Lucia Helena! Vc ainda tinha tanta coisa pra viver... Comecei a ligar pra td mundo, desesperada, com o corpo tremendo, pra que alguém dissesse o contrário. Mas era verdade, vc já estava lá do outro lado, com certeza vendo tudo por aqui. Não sei detalhes, ainda, mas espero que vc não tenha sofrido, bastam os sofrimentos já vividos nessa sua tão curta vida. Que coisa estranha, vc foi sempre tão reservada, tão discreta, e sua morte aconteceu mais ou menos nesses termos. Poucos souberam, poucos puderam acompanhar vc até o fim.
Fiquei lembrando da nossa infância, da sua casa, dos seus pais, irmãos, até da sua tia, Margarida, que nunca mais vi. Td foi voltando, devagar. Lembrei da Erly, tão distante. SErá que ela sabe? Andávamos tão unidas, pequenas, que coisa boa. Crescemos e quase não nos víamos. Como pôde ser assim??? Nem acompanhei o crescimento dos seus filhos, vc tb não acompanhou o dos meus. E, quando nos encontrávamos, era tanta coisa pra falar, que nunca dava tempo de contar tudo...
Amiga querida, estou com um sentimento horrível, de saudade, de perda, do irremediável ( outra vez), de incompreensão. Não estou revoltada, que estranho. Estou dolorida, mas não revoltada. Talvez vc tenha aceitado tudo isso melhor do que nós...
Preciso muito conversar com a Cidinha, ela deve ter acompanhado essa sua luta mais de perto e vamos, juntas, falar sobre vc, sobre nossos sonhos, nossas brincadeiras, sobre nossa infância... Preciso disso!!!
A vida segue, faltando mais um pedaço , mas segue. Nesses momentos revejo conceitos, atitudes e constato, de novo, que a vida é curta, mas é um presente. E deve ser bem aproveitado. Então, voltemos à vida normal... Olhe por nós!


Deixo aqui uma flor e o meu carinho. Minha querida, fique em paz!

domingo, 25 de janeiro de 2009

Torta de coco e banana

Achei essa receita num velho calendário da Nestlé e experimentei hoje. Fiz algumas modificações e gostei muito. Qualquer dia faço a receita original. Agora....o cheiro era tão bom, mas tão boooommmm quando saiu do forno, que eu não esperei esfriar para provar e aí está o resultado da minha arte:


Torta de coco e banana
Massa:
1 pacote de biscoito Leite e mel estlé, triturado
100 g de manteiga
1/2 xic de chocolate em pó
Misture bem e coloque no pirex untado (usei um pirex quadrado de +-25 cm) ou numa forma de abrir de 22 cm de diâmetro, untada. Asse em forno fraco por 5 minutos. Não deixe mais. Tire do forno e recheie.

REcheio
5 bananas nanicas cortadas em rodelas finas
1 pacote de coco seco em flocos (úmido e adoçado, foi o que eu usei)
1 lata de leite condensado misturada com 1/2 lata de creme de leite
manteiga para untar e salpicar por cima
Espalhe as bananas, o coco e despeje a mistura de leite condensado, cobrindo toda a torta. Distribua pedacinhos de manteiga e leve ao forno novamente em forno médio-alto (200º) ou até que o recheio esteja firme (cerca de 30 minutos).
Muito gostosa tanto quente quanto gelada...rs




Benefícios da lavanda

Há um ano, no casamento da Dilurdes, minha amiga-irmã, ganhamos algumas mudas de lavanda, símbolo da purificação, e, durante todo o ano, elas me proporcionaram um lindo espetáculo em tons de azul, quase lilás, e perfumaram meu ambiente. Como a lavanda floresce durante todo o ano, comecei a pesquisar alguma forma de aproveitar essa floração. Encontrei alguns sites interessantes , principalmente o da Cris, cujos comentários li com prazer. E percebi que essa plantinha danada tem muitos poderes. Assim, vou continuar a pesquisa, mas deixo algumas fotos das suas flores, tiradas em plena primavera .


terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Projeto 80/80 - 1/80

Eis a primeira peça, uma bolsa que pode ser usada de duas formas diferentes, dependendo de como ela é fechada. Toda feita em retalhos numa técnica de patchwork, que aprendi como puff,mas já vi com muitos outros nomes:

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

80 peças em 80 dias - Versão 2009

No ano passado tracei este projeto e fui muito feliz, pois consegui cumpri-lo. Hoje, 19 de janeiro de 2009, inicio outro nos mesmos termos e será finalizado no dia 08 de maio de 2009, para que eu possa ter muitas peças diferentes para o Dia das Mães. EStá dada a largada!

Pra começar 2009....

Agora, o ano realmente começa. Esses primeiros dias foram de acertos, limpezas (ainda continua...), boas notícias, muitas dicas, alertas sobre saúde e muito mais.... Estou em 2009! Gosto de anos ímpares, muitos acontecimentos importantes ocorreram nos anos ímpares, mas, deixo os tristes de lado e só contabilizo os bons: nasci num ano ímpar, conheci meu marido, casei-me, tive filhos, tive o casamento do meu caçula, tudo em anos ímpares . E, segundo meu mapa astral, este também será de bons acontecimentos. Acredito nisso!
Pra começar, já cuidando da saúde, que tem de ser muito bem monitorada, fui fazer um exame de sangue hoje . Precisei ficar 30 minutos em “repouso” antes de realizá-lo, por indicação da médica. Trinta minutos, sentada, em algum lugar, à toa, é impensável pra mim, então levei agendas pra organizar e folhas com sudoku pra resolver (adoro). Mas encontrei D. Tereza, que tinha uma cachorrinha com meu nome - motivo que nos tornou amigas - e ficamos papeando. Conversa vai, conversa vem, voltei ao passado, novamente. Falávamos sobre café forte e amargo, preferência dela, e eu contei como é o meu café, desde pequena. Éramos muito pobres, eu era a décima filha. Nada podia ser desperdiçado e mamãe era cuidadosa com isso. Ela fazia o café mais forte para os adultos e, depois desse, pronto, colocava água fervendo já adoçada no coador e fazia um café bem fraquinho (água de batata, como nós chamávamos, mas a tia Melina dizia “chafé”) e docinho para nós outros. E nos acostumamos com esse café de tal forma, que ainda é difícil gostar de café forte. Hoje, posso tomar café expresso, com creme, capuccino, com açúcar orgânico, mascavo, adoçante e outros mais, mas o sabor daquele café ainda é o melhor na minha vida. O bule (lembro-me bem de um azul, de ágate, mas, o mais comum era mandar colocar alças nas latas de óleo e fazer o café ali) ficava em cima do fogão. O dia todo tinha um bule em cima do fogão. A qualquer hora que um vizinho ou parente chegasse, tinha o café prontinho. E era bebido até a última gota, acompanhado de um bolo delicioso, saia e blusa (metade branco, metade preto), que a mamãe fazia. Ela fazia bolos e bombocados para vender e nos sustentar, pois o trabalho do papai, como bilheteiro de rodoviária, mal dava para comprar alguma “mistura” mais especial para o domingo. Minha ouvinte disse que nunca imaginou que eu tivesse vindo de uma família pobre, pois, para ela, não aparento isso, e eu lhe contei ainda outras coisas . Mas ressaltei, sempre, que nunca, em nenhum momento, nos rebelamos por viver daquele jeito. Pelo contrário, nossa vida era só alegria. Nossa casa era uma festa, sempre cheia de gente, de música, de livros, de gatos.... E vivíamos cercados de vizinhos que tinham uma situação financeira muito melhor que a nossa, mas que nos tratavam de igual pra igual. No Natal, por exemplo, as meninas iam para o jardim da igreja mostrar os presentes que haviam ganho e eu não tinha nada pra mostrar (salvo quando a igreja distribuía presentes, aí era muiito bom) ,mas brincava junto com elas sem qualquer mágoa. Bonecas de todo jeito e nome. Uma vez, porém, eu precisava fazer um exame de sangue e já não agüentava mais as picadas, pois tinha reumatismo e tomava Benzetacil periodicamente. Não tinha mais braço nem bunda pra levar picada de injeção com aquelas agulhas grossas e doloridíssimas. E fiz pirraça, talvez, pra não fazer exame de sangue. Lembro-me da mamãe me convencendo, dizendo que o exame era como se uma formiguinha fizesse xixi e saísse andando pelo meu braço. Só queimava um pouquinho. E eu não aceitava essa desculpa de jeito nenhum. Aí, ela falou que ia comprar uma boneca pra mim, se eu deixasse. Pronto, convenceu na hora! E foi uma boneca da Estrela, eu acho. Se não foi, pra mim teve o mesmo prazer. Foi uma felicidade só, ter uma boneca linda e loira (claro!!!) pra brincar. A conversa com D. Tereza tomou outros rumos, nem chegou à minha boneca, mas lembrei-me disso agora e tinha de registrar. Que lembrança boa!!! Que aperto mamãe deve ter passado pra comprar aquela boneca, só hoje me dei conta disso. Mas, como tudo na vida tem uma razão, foi por causa dela que aprendi a costurar. Dona Clara, que morava conosco, me ensinava a fazer roupinhas de boneca, à mão. Depois de um tempo, comecei a me aventurar na velha Singer de pedal, da mamãe : desmanchava roupas velhas e as transformava em novas. Tomei gostinho pela costura , passei por várias etapas, até biquíni de jérsei eu fiz. Quando fiquei grávida do Gu, fiz quase todo o seu enxoval (Cida, grávida da Carolina, me ajudou muito, com dicas e até tecidos e rendas.), e ganhei um jogo de cestinha de higiene, luminária e cesto de lixo que me encantou. Resolvi fazer e trabalhei nisso durante muito tempo. Daí, vieram muitos enxovais para bebê, quartos de bebê decorados com o que havia de mais moderno e assim fui me aprimorando. A bebê, cujo quarto foi o primeiro que fiz em Valença, hoje tem 23 anos e já é mamãe. O tempo passa....
Nossa, por falar em tempo, só agora vi a hora. Fiquei escrevendo aqui e me esqueci de tudo. Bem, agora, ao trabalho! Dois mil e nove vai “bombar” ! Depois eu volto....