Ontem uma frase despertou minha atenção: “aprender a amar”. Parei de ler e comecei a pensar na regência verbal (tão complicada, às vezes) no nosso maravilhoso idioma, e resolvi que daria uma lida no meu livro de regências, pois preciso estudar um pouco mais, e começaria a anotar essas regrinhas, ou dicas, aqui. Porém, fui fazer outras coisas e esqueci-me de “aprender a amar”( só da frase, claro). No entanto, hoje, escrevendo aqui ou ali, não me lembro, usei “custei a perceber”. Novamente a preposição acompanhando o verbo me fez lembrar de ler meu Dicionário de Verbos e Regimes, do Francisco Fernandes - 44ª. ed.
Então vamos lá: APRENDER (p.88) é um verbo transitivo , e “Quando o complemento é um verbo no infinitivo, vem este regido da preposição a (...)”
Por isso escrevemos ou falamos aprender a amar, aprender a falar ...
Já o verbo CUSTAR (p. 177) , também transitivo, pelo que li, não tem o mesmo aval, mas é encontrado nos escritores clássicos acompanhando da preposição a. Fui ler meu querido Professor Bechara, em Lições de Português pela Análise Sintática, 17ª. ed. rev. e amp., p.166, mas ele apenas cita que “Não é raro vir precedido de preposição o infinitivo das orações reduzidas subjetivas e objetivas” . Um dos exemplos dele contém o verbo custar, usado dessa forma por Machado de Assis. Ainda não totalmente satisfeita com a explicação, fui procurar na Gramática Normativa do Rocha Lima (15ª. ed . refundida, p.394). Ele cita que o verbo custar “com o sentido de ser custoso , ser difícil, tem por sujeito uma oração reduzida de infinitivo, a qual pode ser precedida pela preposição a” que, mesmo contrariando os rigorosos preceitos gramaticais, “já está consagrada pelo uso constante dos nossos mais abalizados escritores” .
Agora sim, fiquei satisfeita. Pesquisei em três bons autores e encontrei o que queria. Estudar é isso, pesquisar, confrontar opiniões. Só assim aprendemos. E essa foi a maior lição que ficou das minhas aulas no Liceu Literário Português: pesquisar, ler muito, questionar, comparar e recorrer aos grandes mestres, para aprender sempre.
Então vamos lá: APRENDER (p.88) é um verbo transitivo , e “Quando o complemento é um verbo no infinitivo, vem este regido da preposição a (...)”
Por isso escrevemos ou falamos aprender a amar, aprender a falar ...
Já o verbo CUSTAR (p. 177) , também transitivo, pelo que li, não tem o mesmo aval, mas é encontrado nos escritores clássicos acompanhando da preposição a. Fui ler meu querido Professor Bechara, em Lições de Português pela Análise Sintática, 17ª. ed. rev. e amp., p.166, mas ele apenas cita que “Não é raro vir precedido de preposição o infinitivo das orações reduzidas subjetivas e objetivas” . Um dos exemplos dele contém o verbo custar, usado dessa forma por Machado de Assis. Ainda não totalmente satisfeita com a explicação, fui procurar na Gramática Normativa do Rocha Lima (15ª. ed . refundida, p.394). Ele cita que o verbo custar “com o sentido de ser custoso , ser difícil, tem por sujeito uma oração reduzida de infinitivo, a qual pode ser precedida pela preposição a” que, mesmo contrariando os rigorosos preceitos gramaticais, “já está consagrada pelo uso constante dos nossos mais abalizados escritores” .
Agora sim, fiquei satisfeita. Pesquisei em três bons autores e encontrei o que queria. Estudar é isso, pesquisar, confrontar opiniões. Só assim aprendemos. E essa foi a maior lição que ficou das minhas aulas no Liceu Literário Português: pesquisar, ler muito, questionar, comparar e recorrer aos grandes mestres, para aprender sempre.
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