Foi-se 2008. E começamos o ano sempre com aquela sensação, ou certeza, de que, no novo ano, a vida vai ser nova. Esperamos isso, desejamos isso, acreditamos nisso. E aí o ano começa já com seus problemas, com algumas decepções, com notícias ruins nos jornais e a nossa esperança vai diminuindo um pouco. Mas, alto lá, esperamos tanto por essa virada, que não será um monte de acontecimentos desagradáveis que vai mudar nossa esperança. Senão, a vida fica vazia. Precisamos nos cercar dessas crenças para podermos, realmente, fazer do novo ano, um ano novo. Em novas atitudes, novas escolhas, novas decisões. Neste início de ano uma palavra veio mais forte: tolerância. Em algum lugar alguém desejou isso para 2009 e ela não me saiu da cabeça. Essa palavra forte é tão esquecida, às vezes. E é tão abrangente o seu significado.... Praticando a tolerância, conseguimos superar muitos momentos, evitar muitas tristezas, certamente. Há anos, num curso de Português, havia um texto sobre intolerância e eu resolvi pesquisar sobre ela, tal a profundidade do autor, Elie Wiesel, prêmio Nobel em 1997. E me surpreendi com o que li e com o que pude discutir com os alunos sobre isso. Desde então essa palavra me incomoda. Será que somos tolerantes? Sabemos, de verdade, o que é ser tolerante? Temos consciência, em algum momento, do que pode resultar da intolerância? Fazemos algum esforço pra sermos tolerantes? Mais uma vez recorro à minha mãe. Ela era tolerante, ela conseguia entender e aceitar situações que achávamos absurdas. A tolerância dela andava lado a lado com o perdão. Muitas vezes, quando vivo uma situação desse porte, penso em qual seria a atitude dela e peço a Deus que me oriente e não me deixe ser intolerante. E, despedindo-me de 2008 e recebendo 2009, alguém deseja tolerância para o coração das pessoas e me faz voltar a pensar num sentimento (sentimento sim, porque a intolerância é a porta principal para o ódio) tão sério. Recorro aos meus papéis guardados e releio o texto citado acima. Para o autor , “a intolerância gera o ódio” e odiar, segundo ele, “é escolher a facilidade simplista e redutora do desdém como fonte de satisfação.” Quer dizer, eu desprezo o outro e isso me satisfaz????? Sendo assim, prefiro mudar todo o rumo do meu pensamento para 2009, deixar esse assunto de lado, e desejar que todos tenham muito amor, mas muiiiito amor mesmo, no coração, para poderem fazer jus ao desejo de “ANO NOVO, VIDA NOVA”.
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